terça-feira, 18 de maio de 2010

Enquadramento teórico

1. Quem são os destinatários dos cuidados paliativos?

Os cuidados paliativos destinam-se a pessoas que tenham alguma das seguintes scaracterísticas:
· Doenças que se alastram rapidamente e a cuja esperança de vida é limitada;
· Necessidade de um tratamento curativo que não existe;
· Sofrimento intenso, necessidades de difícil resolução e que exige um apoio específico, organizado e interdisciplinado.

Ficam de fora destes cuidados pessoas que sofram de incapacidades de longa duração mesmo que seja uma condição irreversível, em recuperação ou convalescença, ou em situações de clínica aguda.

Estes cuidados destinam-se a pessoas de todas as idades, desdes crianças a idosos.



2. O que são cuidados paliativos?

Ajudar os doentes a morrer melhor, aliviando-lhes a dor com terapias e palavras de alento, passa pela nova abordagem das equipas nos hospitais, que intervêm, controlando os sintomas e ajustando a terapia à dor específica de cada doente. Podemos chamar a isto Cuidados Paliativos.
São cuidados prestados a doentes com doenças incuráveis em fase avançada e rapidamente progressiva, ou seja, uma resposta activa aos problemas decorrentes da doença, na tentativa de prevenir o sofrimento que esta gera e de proporcionar uma máxima qualidade de vida possível a estes doentes e também às suas famílias.

Este tipo de cuidados de saúde consegue conciliar a ciência e o humanismo.

Tem como objectivo promover, da melhor maneira possível e, de preferência, até ao fim, o bem-estar e a qualidade de vida merecida destes doentes.

São cuidados bastante activos e também globais que incluem uma variedade de tarefas, como o apoio à família, prestado por equipas e unidades específicas, em internamento ou domicilio, segundo níveis de diferenciação.

As componentes essenciais dos cuidados paliativos implicam o envolvimento de uma equipa com diferentes estruturas. Os componentes são:
- Alívio de sintomas;
- Apoio Psicológico, espiritual e emocional do doente;
- Apoio à família;
- Apoio durante o luto.

Acção Paliativa
A Acção Paliativa não tem o mesmo fundamento que cuidados paliativos. Esta é uma determinada medida terapêutica, mas sem intuito curativo, que tem como objectivo diminuir as consequências negativas da doença, em internamento ou no domicílio.

Estas acções podem ser prestadas nos hospitais, centros de saúde e na rede de cuidados continuados.

Doenças que requerem Cuidados Paliativos
Os cuidados paliativos são determinados pela situação e pelas necessidades do doente, e não pelo diagnóstico das doenças.

São exemplo de doenças a sida, o cancro e outras doenças neurológicas graves e que se propagam rapidamente implicam a necessidade de cuidados paliativos.



3. Qual a importância de abordar este tema no meio escolar?

A Organização Mundial de Saúde (OMS), define cuidados paliativos, como “os cuidados activos e totais prestados ao paciente, cuja doença já não responde ao tratamento curativo”.

O termo paliativo, vem do latim, pallium, que significa manto ou capa. Como o nome indica o objecto primordial dos cuidados paliativos é encobrir os sintomas subjacentes à doença em fase terminal e possibilitar que o doente tenha uma melhor qualidade de vida. É necessário saber que paliar o doente não significa apenas prestar-lhe cuidados relativos a sintomas físicos, mas também, prestar-lhe apoio psicológico.

A medicina paliativa revela grande importância, na medida em que alivia os sintomas que o doente experiencia, pois nalguns casos, estes sintomas são muito desconfortáveis e a dor sem eles seria difícil de suportar. Também o apoio psicológico especializado destaca-se revelando grande importância na qualidade de vida do doente, pois não só os sintomas físicos são vivenciados pelo doente, mas também os psicológicos que se vão manifestando ao longo da fase terminal.

O cuidado paliativo torna-se assim tão importante como o cuidado curativo, pois visa suportar as necessidades físicas, psicológicas, sociais e espirituais, transmitir conforto e dignidade ao paciente e seus familiares e informá-los para que estes possam ter uma melhor orientação no que diz respeito a sinais e sintomas que demonstrem a proximidade da morte.

Assim sendo, os cuidados paliativos constituem hoje uma resposta indispensável aos problemas do final da vida, e em nome da ética, da dignidade e do bem-estar de cada Homem é preciso torná-los cada vez mais uma realidade, que poderá cada vez mais ser posta em prática se todos nós, que vivemos em sociedade e interagimos diariamente uns com os outros, tomarmos consciência de que a necessidade de cuidados paliativos é real, existe e deve ser praticada em nome de uma melhor qualidade de vida entre a sociedade.

E com o objectivo de divulgar cada vez mais e dar a conhecer a necessidade e a importância destes cuidados, nada melhor como divulgar esta problemática em meio escolar, um meio onde se desenvolvem “pequenas mentes” que mais tarde iram ser “grandes mentes” e farão parte de uma sociedade activa, responsável e informada. Porque o fim da vida não tem de ser um período de sofrimento.

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